Para saber mais sobre os povos indígenas
Para saber mais sobre os povos indígenas
A proposta desta pasta é disponibilizar algumas mídias e informações, no estilo "Para saber mais". Dicas sobre algumas mulheres indígenas importantes na atualidade. A ideia é, não apenas "usar" os nomes dos povos como nomes dos nossos grupos de discussões, mas também saber um pouco mais a respeito dessas pessoas e o que podemos avançar juntas e unidos.
Dona Francisquinha Shawandawa (Amazônia) - Parteira tradicional que já realizou mais de 2.000 partos. Oferecia muitos cursos onde compartilhava sua sabedoria e fazia consultas em mulheres gestantes (antes da pandemia). Visitava bastante a cidade de São Paulo, onde atendia muitas mulheres. Sobre ela não são muitos os registros disponíveis em vídeo.
Watatakalu Yawalapiti (Xingu) - liderança feminina do povo Yawalapiti, do Alto Xingu. Bastante influente nas redes sociais, onde dialoga tanto sobre questões ambientais, políticas, sociais quanto conta sobre o seu cotidiano na aldeia e compartilha atividades comuns entre seu povo, como a pesca. Uma das criadoras da Casa das Mulheres em sua cidade. Ela luta pela preservação da cultura e da história de seu povo, luta também contra as práticas e costumes machistas arraigados na tradição.
"Se a floresta tropical morrer, esse será o fim. Nem meus filhos nem seus filhos terão um futuro seguro, não importa se você mora aqui ou do outro lado do mundo. Acabará para todos."
O Movimento de Mulheres do Xingu, idealizado pela liderança Watatakalu Yawalapiti, busca articular e unir as mulheres indígenas para a emancipação e participação delas nas decisões políticas, tanto dentro como fora de suas aldeias. "A nossa casa está sendo destruída, as nossas florestas estão sendo derrubadas, estamos sendo envenenados e precisamos da sua ajuda."
instagram: Watatakalu Yawalapiti
Kaianaku Kamaiurá (Alto Xingu) - liderança indígena, mãe, possui Licenciatura Intercultural em Habilitação de Educadores Indígenas pela Universidade Federal de Goiás (2018) e é mestranda em Direitos Humanos pela mesma Universidade. Uma mulher indígena na academia enfrentando todos os desafios presentes na pós-graduação mas para ela, a primeira barreira é a língua. Kaianaku Kamaiurá fala mais de 5 línguas, mas escrever uma dissertação em uma língua tão distante quanto o português e nos moldes solicitados com certeza é um grande desafio.
O trabalho que desenvolve no mestrado atualmente se chama "Feminismo e Mulheres Indígenas - Uma Análise Interseccional dos Direitos Humanos e da Realidade Sócio Cultural Das Mulheres Alto Xinguanas" .
Este vídeo não é sobre ela mas é interessante porque conta sobre a realidade da aldeia Kaluani em tempos de pandemia, onde vive Kaianaku.